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segunda-feira, 2 de maio de 2011

12 meses, 48 semamas, 365 dias, 8.760 horas

Pela primeira vez na vida, eu estava tranquila. Acordei, atrasada, tomei banho, arrumei minhas coisas e sai. Como se não passasse de um sabado normal, pela primeira vez na minha vida eu estava tranquila, segura. Fui pra casa da Dani, bebemos vodka com suco de morango, e ficamos conversando sobre como seria o acampamento e a noite que nos esperava. 16:15, tomei banho com um copo de "sacão" do lado. E eu ainda estava tranquila, agora bêbada e tranquila. Minhas roupas não foram pensadas para impressionar, ou agradar, eu só queria me sentir a vontade. Fomos de moto para a rodoviária, passamos no posto, e isso atrasou mais um pouquinho, porém eu realmente estava tranquila. Foi quando chegando na área de desembarque eu já o vi. Ok, assumo, a minha tranquilidade do dia inteiro, se foi em segundos e uma enorme insegurança tomou conta de mim. Ele estava de boné, mas eu não gosto de boné, mas estava nele, então eu gostei. Ele ficou sem graça e enquanto eu me aproximava do banco onde ele sentava, ele nem se movia, de cabeça baixa me olhava as vezes, aquele caminho parecia interminável, e eu não sabia o que sentia mais, era uma confusão extrema de não saber nem o que estava acontecendo. Ele finalmente levantou, e um beijo rápido de cumprimento normal foi selado, uma coisa pequena, nada insinuante. Não vi ele olhar pro meu corpo, ou para os meus olhos, coisas que normalmente acontece de primeira, ele apenas me olhou.


.. Depois de muita vodka, e como tudo soava engraçado. Eu o vi sentando na escada, um pouco afastada de onde todo mundo estava, ele olhava pro nada e parecia adorar o que fazia. Eu cheguei perto, sentei do lado dele, e pela primeira vez ficamos sozinhos. Eu e ele. O cara incrível que eu conhecia e não conhecia. O cara que parecia diferente de todos os que eu já havia conhecido. Sem muitos rodeios, entreguei o meu presente, com um significado enorme, a união. Aquele cordão significava tanto pra mim, sempre quis dar ele pra alguém, e muitas pessoas surgiram, mas em nenhuma ele se encaixava. E foi nele, como se quisesse como se sempre o pertencesse. Ele adorou, colocou na hora mesmo, depois de algumas conversas nos aproximamos, e como imã e ferro, isso era irredutível. Eu não pensava mais na nossa situação, ou na dele especificamente. Só em nós, em como o movimento dos lábios dele a falar me prendia, como tudo que eu sentia era desejo de poder chegar mais perto. Antes de pensar em fazer isso, ele me beijou, e uma melodia linda saías das cordas do violão de um músico, e embalou o nosso beijo. Que foi intenso, que me tirou o ar de tanta vontade e fazer aquilo e se prolongou por muito tempo. Aquela escada de pedras, ralou o meu joelho, mas eu nem liguei na hora, estava perfeito. Ficamos juntos o resto da noite, conversamos pouco sobre o estar junto apenas estamos.. vi o quanto a gente se dava bem, o quanto nos entediamos. Dormimos juntos sob uma mesa na falta de barracas, com um coberto muito sono e pouco tempo. Saímos de lá cedo, com um nascer-do-sol lindo, invejável. Andamos de barco, e fomos pra casa de um casal amigo meu. Compramos o almoço, cozinhei pela primeira vez pra ele e isso o surpreendeu, porque modéstia parte, cozinho muito bem, não sabia o quanto isso impressionava ele. Ficamos juntos o tempo todo, conversando, brincando de lutinha como planejavamos nas conversas longas no MSN. Ele foi embora deixou alguns fragmentos daquele dia comigo. E eu voltei pra casa, tomei um banho e dormi, com uma sensação única, que eu nunca haveria sentido antes. Nunca pensei em sentir. Sentir-se completamente apaixonada. 17.04.2010

2 comentários:

Juliana Alves disse...

Um doce de história, que vontade de viver esse amor..

rii :) disse...

naaaao, esse amor é meu, sai fora champz.

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